Piero della Francesca - A cidade ideal
Foi, não apenas um movimento de renovação cultural, mas também um período da história da Europa, que marca o final da Idade Média e o início da Idade Moderna.
Desenvolveu-se entre os séculos XV e XVI, na Europa, tendo tido o seu início em Itália, em cidades como Génova, Veneza e, essencialmente, Florença. Foi uma época de grandes transformações a nível social, político, económico e religioso.
O que "renasce" nesta época histórica?
A expressão Renascimento está ligada ao facto de os pensadores da época voltarem a sua atenção para as grandes obras da Antiguidade Clássica (arquitectura, pintura, escultura, literatura). É uma época de uma profunda transformação intelectual, uma vez que se dá a passagem de uma visão teocêntrica (TEO=DEUS) do mundo, na qual Deus se encontrava no centro da reflexão humana, para uma visão e mentalidade antropocêntrica (ANTROPOS =HOMEM), passando o Homem a ocupar esse lugar de núcleo. A visão antropocêntrica reconhecia e acreditava no valor e no potêncial do ser humano, contrapondo a visão medieval. Qualidades valorizadas na Idade Média: - religiosidade
- heroísmo
- honra cavaleiresca
Qualidades valorizadas no Renascimento: - saber
- mérito
- inteligência
- realização de obras para a posteridade
- utilização da razão
- a experiência
Durante a Idade Média, acreditava-se que Deus era a explicação para as dúvidas do mundo, mas com o Renascimento, surge a crença nas capacidades da razão humana para a resolução dos enigmas do universo, através da compreensão e do domínio do homem e da natureza, através das artes e das ciências. Acreditava-se que o homem poderia dominar e aperfeiçoar as várias áreas do saber, comprovando as suas descobertas através da observação e da experiência, podendo explicá-las de forma racional e inteligível (mentalidade racionalista - valorização da razão humana e do espírito crítico). Foi nesta época que alguns erros foram desfeitos. Através das viagens de descoberta, foi possível, emendar algumas falhas em relação a paragens, povos e até à natureza de terras até então desconhecidas. Para além de todos estes aspectos, houve um outro, fundamental para a difusão do conhecimento: a invenção da imprensa, por Gutenberg. Até então, as obras não estavam ao alcance de qualquer um e eram, essencialmente de cariz religioso, Com a invenção da imprensa, a leitura de obras dos mais variados temas ficou ao alcance de um número superior de pessoas, uma vez que aquelas eram reproduzidas em maior número, mais rapidamente e a custos mais baixos, abrangendo várias áreas do conhecimento e não apenas a religião.
As artes
Literatura
seguem-se os moldes da literatura clássica ("Odisseia", "Eneida", "Ilíada");os textos passam a ser escritos, não apenas em latim, mas na língua materna dos autores/pensadores;um maior número de pessoas tem acesso ao conhecimento e a novas ideias.
Arquitectura abandono da verticalidade dos monumentos góticos medievais;revisita-se a Antiguidade, adoptando-se elementos utilizados na aquitectura grega e romana: monumentos horizontais;importância do rigor, da geometria, da simetria, da proporção e do equilibrio dos edifícios.
Escultura
Pintura - uso da perspectiva, que permite uma simulação de profundidade;
- representação rigorosa da anatomia humana;
- início da utilização da pintura a óleo, que confere maior luminosidade aos quadros;
- temática do retrato, fruto do individualismo renascentista.
Monalisa - Leonardo DaVinci
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