Língua Portuguesa sem dificuldade
Para Estudantes, professores, profissionais de comunicação e outras pessoas cuja actividade se relaciona com o processo de formação de crianças, jovens ou adultos, Criado pela necessidade de esclarecer dúvidas e ajudar no estudo das obras exploradas nas aulas
sexta-feira, janeiro 19, 2007
Pessoa Ortónimo
  • Na poesia de Pessoa ortónimo (ele próprio) coexistem duas vertentes: a tradicional e a modernista.

  • Alguns dos seus poemas possuem marcas de saudosismo e outras um processo de ruptura, que se concretiza nos heterónimos ou em experiências modernistas;

  • a poesia é marcada pelo conflito entre pensar e sentir, entre a ambição da felicidade pura e a frustração que a consciência de si implica;

  • Fragmentação do eu - Pessoa, através da fragmentação do eu, procura a totalidade, que lhe permite conciliar o pensar e o sentir. (poemas: Hora absurda e Chuva Oblíqua);

  • Há um interseccionismo entre o material e o sonho, a realidade e o ideal surgem como tentativa d encontrar a unidade entre experiência sensível e inteligência;

  • Pessoa ortónimo possui umaascendência simbolista evidente desde os tempos de Orpheu e do Paulismo (poema: Impressões do Crepúsculo);

  • Revela a despersonalização do poeta fingidor que fala e se identifica com a própria criação poética. O poeta recorre à ironia para colocar tudo em causa, até mesmo a própria sinceridade que, com o fingimento, possibilita a criação da arte.

Os Temas

  • sonho, intersecção entre sonho e realidade (Chuva Oblíqua)
  • angústia existencial e nostalgia
  • distância entre idealizado e realizado e consequente frustração
  • máscara e fingimento como elaboração mental dos conceitos que exprimem emoções ou o que se quer comunicar (Autopsicografia)
  • intelectualização das emoções e sentimentos que permitem criar arte
  • ocultismo e hermetismo (Eros e Psique)
  • tradução dos sentimentos na linguagem do leitor, uma vez que o que se sente é incomunicável.
posted by Maria João Almeida @ 5:19 da tarde   1 comments
sexta-feira, dezembro 01, 2006
Fernando Pessoa - Vida e Obra
  • 1888 - Nasce Fernado Pessoa, em Lisboa
  • 1889 - Data do suposro nascimento dos seus heterónimos Alberto Caeiro e Álvaro de Campos
  • 1893 - Morte do pai Fernado Pessoa
  • 1895 - A mãe de Fernando Pessoa casa, em segundas núpcias, com o cônsul interino em Durban
  • 1896 - Pessoa parte com a mãe para a África do Sul, onde frequenta a esola do convento de West Street
  • 1901 -Vem a Portugal, com a família
  • 1902 --Regressa a Durban e matricula-se na Commercial School
  • 1903 - Faz exame e admissão à Universidade do Cabo
  • 1904 - Ganha o prémio Rainha Vitória pelo seu ensaio em inglês do seu exame de admissão
  • 1905 - Parte, sozinho para Lisboa
  • 1906 - Matricula-se no Curso Superior de Letras de Lisboa, que abandona no ano seguinte
  • 1908 - Torna-se correspondente estrangeiro no Comércio
  • 1912 - Publica na revista A Águia os seus artigos sobre A Nova Poesia Portuguesa
  • 1913 - Conhece Almada Negreiros e recebe de Mário de Sá-Carneiro, que está em Paris, as poesias para o seu livro Dispersão. Escreve o "Marinheiro" e também a primeira poesia do heterónimo Ricardo Reis. É o ano do primeiro encontro do grupo que vai sair o Orpheu.
  • 1915 - Saem o dois números da revista Orpheu. Há uma intensa actividades dos heterónimos.
  • 1916 - Sá-Carneiro suicida-se em Paris
  • 1917 - Publicação o número único de Portugal Futurista
  • 1922-26 - Publica na revista Contemporânea vários poemas e artigos em prosa
  • 1927 - Surge a Mensagem, por cuja publicação recebe o prémio do Secretariado e da Propaganda Nacional.
  • 1935 - É internado com uma cólica hepática no Hospital de S. Luís, onde falece a 30 de Novembro
  • 1943 - Publicação das Obras Completas pela editorial de Luís de Montalvor.
posted by Maria João Almeida @ 3:18 da tarde   0 comments
quinta-feira, novembro 23, 2006
Os "Ismos de Vanguarda"
Orpheu marcou o primeiro surto de Poesia Moderna em Portugal. A revista não era esteticamente homogénea nem foi a única prática de vanguarda desses anos. Houve outras, como o Futurismo (1911), Imagismo (1911), Dadaísmo (1914).

Orpheu foi uma prática de ruptura de vanguarda, mas , igualmente, uma plataforma de encontro entre passado e futuro, pois os seus organizadores e participantes procuravam novas formas de practicar a poesia, de comunicá-la e de fazê-la actuante na cultura do tempo, tanto português, como europeu.


Paulismo
  • Ultrapassagem directa d'A Águia
  • Tem as suas raízes no decadentismo e no simbolismo
  • Fazem dele parte: Pessoa, sá-Carneiro, Alfredo Pedro uisado, Cortes Rodrigues, Raul Leal e Ânglo de Lima.
Interseccionismo
  • Ajustamento a uma diferente exploração psíquica
  • Vaga aproximação à liberdade futurista e ao orfismo de Delaunay
  • Fazem parte: Pessoa, Álvaro de Campos, Sá-Carneiro.
Simultaneísmo
  • Tradução de uma visão maioritariamente plástica
  • Almada Negreiros.
Futurismo
  • Foi programado por quem o assumiu e praticou para ser um escândalo sociológio. Assim foi igualmete ntenio por quem a este movimento assistiu ou dele teve conhecimento.
  • Rejeição do obsoletismo da vida portuguesa.
  • Almada Negreiros, Mário de Sá-Carneiro, Álvaro de Campos.
posted by Maria João Almeida @ 2:08 da tarde   0 comments
O Modernismo
  • Movimento estético e que a literatura e as artes plásticas surgem associadas e em que estas influenciam a primeira.
  • Para compreender o espírito modernista é necessário ter em conta a mistificação, a excentricidade, a ironia, o jogo literário.
  • Vivia-se um momento de crise, de decadência de eu mundo de valores.
  • Os artistas reagiam ao cepticismo total através da agressão, sarcasmo, pelo exercício de energias individuais, pela vertigem das sensações.
  • O Modernismo encerra uma espécie de Humanismo, assumindo até, um tom pedagógico, incitando à plenitude individual.
  • Geração de Fernado Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Almada Negreiros e Santa-Rita Pintor, com a arte e literatura mais avançadas da Europa, sem perderem a sua originalidade nacional.
  • O núcleo do grupo modernista surge em Lisboa em 1913.
  • Surge quando Pessoa, a par com Sá-Carneiro decidem opor-se ao orgão do Saudosimo da Águia, desejosos por dar um tom europeu audaz e requintado à poesia saudosista.
  • Em 1914, os modernistas, influenciados pela actualidade chegada de Paris, pelas mãos de Santa-Rita Pintor (adepto do Futurismo) e Sá- Carneiro, tomaram para si oprojecto da criação da Revista Orpheu, que Luís de Montalvor trouxera do Brasil.

ORPHEU
  • Desta revista apenas saíram dois números (em 1915) e incluiam colaborações de Luís de Montalvor, Pessoa, Sá-Carneiro, Almada, Cortes-Rodrigues, Alfredo Guisado e Raul Leal, de Álvaro de Campos (heterónimo de Pessoa) e de outros colaboradores brasileiros de renome.
  • Estes dois números foram feitos para escandalizar e irritar o burguês, alcançando o seu objectivo, sendo troçados pelos jornais.
  • A empresa não prosseguiu por falta de dinheiro.
  • Em 1916, Mário de Sá-Carneiro comete suicídio, perdendo o grupo um dos seus maiores valores.
  • Mas a geração modernista persistiu em publicaçoes individuais, bem como em outras revistas (Exílio, Centauro, Portugal Futurista, Contemporânea, Athena e Presença.
  • Nesta última, surgida em 1927, deu a conhecer e valorizou críticamente os obras do grupo de Orpheu, e dele herdou o espírito através de alguns presencistas, de um segunda geração de modernistas.
posted by Maria João Almeida @ 1:27 da tarde   0 comments
quinta-feira, outubro 26, 2006
O Adamastor - Vasco da Gama: o herói
Após a partida da Ilha de Santa Helena, os navegadores avistam uma nuvem negra no céu, que o escurece. O susto e o medo tomam conta dos marinheiros uma vez que o clima faz prever uma terrível ameaça. (Presságio)

No ar, surge uma figura humana gigante, com aspecto irado e furioso, de barba suja, olhos encovados e longos cabelos cheios de terra, boca negra e dentes amarelos.

  • Os marinheiros são interpelados e ficam horrorizados com o que vêem
  • O Adamastor critica-os por nunca se contentarem com os feitos que cometem e por se atreverem a invadir o seu mar, que nunca antes havia sido atravessado por outros que, anteriormente, tentaram (c. V, estr. 41)
  • O gigante, relata em profecia, uma série de desgraças que havia preparado para os navegadores que ali passassem
  • Com este episódio e as profecias do Adamastor, Vasco da Gama tem conhecimento de acontecimentos que posteriormente se passariam com outros exploradores, nomeadamente, Pedro Álvares Cabral, Bartolomeu Dias, D. Fernando de Almeida e Manuel de Sousa Sepúlveda.
  • Pedro Álvares Cabral sofre um terrível temporal em 1500
  • D. Fernando de Almeida morre em combate a norte do Cabo da Boa Esperança
  • Manuel de Sousa Sepúlveda sofre a vergonha de ver a sua esposa despida pelos nativos e vê morrer de fome as crianças (c. V estr. 47)
  • Mas Vasco da Gama enfrenta o Gigante, pergunta-lhe quem ele é. Este é um momento de intensa coragem, uma ez que tanto o apitão como os seus marinheiros estão em pânico. Surpreendentemente, o Adamastor relata a sua história de amor por Tétis, tendo sido transformado num enorme rochedo, como castigo. O Gigante acaba por desaparecer, chorando, após ter desabafado a sua paixão maldita e a sua má sorte.
  • O Adamastor simboliza os perigos que esperam os portugueses, tais como as tempestades e os naufrágios, mas simboliza igualmente, mais uma vítima de amor.
  • Vasco da Gama surge, neste episódio, como herói, uma vez que supera o próprio medo e enfrenta o Adamastor.
http://oslusiadas.no.sapo.pt/episodio14.html

(ver posts seguintes)
posted by Maria João Almeida @ 2:56 da tarde   1 comments
A batalha de Ourique - D. Afonso Henriques: o herói
A pedido do Rei de Malinde, Vasco da Gama relata a História de Portugal. Começa por descrever geograficamente o reino de Portugal "onde a terra se acaba e o mar começa", o que remete para o destino do povo português como um povo marinheiro. Vasco da Gama refere-se à saudade que sente da sua Pátria, que deixara há uns meses e onde esperaria regressar.

  • Este é um momento de saudosismo, bastante expressivo:"Esta é a ditosa Pátria minha amada"
  • Gama refere-se à Pátria como o local onde deseja morrer: Pátria de luta e de vitórias, ligada a um destino histórico.
  • Com o início da narração da História de Portugal, Vasco da Gama refere o nome do herói D. Afonso Henriques: este conquista, assegura o domínio da Pátria, desobedece à ordem estabelecida (não esquecer que D. Afonso Henriques batalhou contra a sua própria mãe, na batalha de S. Mamede)
  • É referido pelo poeta como herói e admirado pela sua bravura e coragem e pela sua atitude irreverente.
http://oslusiadas.no.sapo.pt/episodio4.html
http://oslusiadas.no.sapo.pt/episodio7.html

(ver post seguinte)
posted by Maria João Almeida @ 2:37 da tarde   0 comments
quarta-feira, outubro 25, 2006
Herói ou heróis?
Ao longo do poema, não encontramos o retrato de um herói concreto, mas sim um modelo de heroísmo.
  • O herói central do poema é o povo português. É, portanto, um herói colectivo. Aqueles que não serão esquecidos, mas que se imortalizaram em actos heróicos. Ao longo de todo o poema, vai ser contada a História de Portugal, servindo-se da viagem de Vasco da Gama até a Índia.
  • Vasco da Gama: herói sem força, uma vez que depende das decisões dos deuses. Estes usam a sua capacidade de intervenção quando esta é necessária.
  • Nun'Álvares Pereira: é enaltecido por Camões. As palavras de Nun'Álvares têm força expressiva, impelindo os ouvintes a sair do estado de medo e a colocarem-se em movimento atacante (c.IV, estr.21). O poder expressivo da personificação e adjectivação de medo é notório, bem como o contraste entre o estado paralizante em que deixa as pessoas e a vida movimentada e jubilante da coragem "reassumida"*1
  • O poeta coloca relevo na posição traidora dos irmãos de Nun'Alvares, que lutam por Castela e vinca o patriotismo de D. Nuno.(c.IV estr.32-34)
  • D. Nuno é comparado a Átila. Camões atribui-lhe uma caracterização de herói.
  • D. João I é referenciado como "protector e responsável de todos os portugueses"*2. (c.IV, estr.36)
  • D. João é igualmente elogiado pelo seu papel como comandante-geral.


*1 - BENEDITO, Silvério, Para uma leitura de Os Lusíadas de Luís de Camões.
posted by Maria João Almeida @ 9:12 da tarde   1 comments
terça-feira, outubro 10, 2006
Dúvidas e Trabalhos
Coloca as tuas dúvidas e publica os teus trabalhos de Língua Portuguesa. Envia um email para:truqueslp@gmail.com
posted by Maria João Almeida @ 11:41 da manhã   0 comments
Batalha de Aljubarrota
Antes da análise deste episódio, é necessário ter em conta o contexto histórico em que ele se insere. Verás que te é muito mais simples entenderes o episódio da Batalha de Aljubarrota, se souberes o que se passou, historicamente.

Quando D. Fernando faleceu,em 1383, não deixou ao trono português um filho varão. Apenas tinha uma filha, D. Beatriz, casada com D. João de Castela. A regência estava a cargo de D. Leonor Teles e do conde Andeiro. A ordem de sucessão implicaria que o trono seria ocupado pelo rei de Castela (Portugal seria anexado por Castela, uma vez que seria o marido de D. Beatriz que ocuparia o trono).

Em Lisboa, as pessoas estavam revoltadas com esta possibilidade, fizeram um cerco à cidade, o conde Andeiro foi morto e o povo solicitou a D. João, Mestre de Avis, filho de D. João de Portugal (ainda que ilegítimo) que defendesse o reino como regedor.

Durante 3 anos (1383-85) viveu-se um período de interregno para ser decido quem sucederia D. Fernando. Em 1385, D. João, mestre de Avis, é aclamado rei pelas cortes de Coimbra, mas D. João de Castela não estava satisfeito, uma vez que era casado com D. Beatriz e isso lhe conferia o direito ao trono português.

Então, D. João de Castela decide invadir Portugal, ajudado por uma parte da cavalaria francesa. Com D. João, mestre de Avis (D. JoãoI), Nuno Álvares Pereira e o auxilio do exercito inglês, os militares portugueses conseguiram intersectar os castelhanos, perto de Leiria, e o confronto entre as tropas decorreu numa colina, perto de Aljubarrota.

Devido a algumas fragilidades do exército inimigo, muitos dos soldados que não foram mortos, acabaram por ser feitos prisioneiros pelos portugueses. Embora em grande número, os castelhanos viram-se obrigados a fragmentar as suas fileiras, a fim de "caberem" em algumas partes do terreno.

Os portugueses aproveitaram esse facto para reorganizar o seu exército e acabaram por executar um grande número de soldados franceses, agora prisioneiros,que apoiavam o rei de Castela.

Desesperados, os castelhanos lutavam cegamente pela vitória. O número de soldados castelhanos mortos ou feitos prisioneiros era muitíssimo elevado, e ao constatar que se encontrava numa situação irrecuperável, D. João de Castela ordenou a retirada do campo de batalha.
posted by Maria João Almeida @ 11:30 da manhã   0 comments
Episódio de Inês de Castro
http://oslusiadas.no.sapo.pt/episodio8.html
posted by Maria João Almeida @ 11:29 da manhã   0 comments
Os Planos Narrativos
Plano da Viagem:
  • Plano fulcral - narra a viagem da descoberta do caminho marítimo para a Índia

Plano Mitológico:
  • É o plano da intervenção dos Deuses do Olímpo na viagem
  • Acompanha sempre o plano fulcral
  • Articula-se com o plano da Viagem, em alternância
Plano da História de Portugal:
  • Plano encaixado no plano da Viagem
  • Os navegadores são acolhidos pelo Rei de Melinde e Vasco da Gama, a pedido deste rei, conta-lhe a história de Portugal
  • Na Índia, a Armada Portuguesa recebe a visita do Catual. Devido à curiosidade deste, Paulo da Gama conta-lhe alguns factos relacionados com figuras das bandeias a bordo.
  • Alguns acontecimentos históricos posteriores à viagem de Vasco da Gama são relatados por entidades divinas, tomando a forma de vaticínios ou profecias, como é o caso dos naufrágios que, no dizer do Adamastor, irão acontecer como vingança pessoal contra os portugueses.
Plano das reflexões do Poeta:
  • Camões, nas suas reflexões, apresenta-se como guerreiro e poeta, perseguido pela sorte e desprezado pelos seus contemporâneos
  • O Poeta assume papel humanista de intervir de forma pedagógica na vida contemporânea
  • Critica a ignorância e o deprezo pela cultura dos homens de armas (c.V)
  • Denuncia o desprezo pelo bem comum, a ambição desmedida, o poder exercido com tirania, a hipocrisia dos aduladores do Rei, a exploração dos pobres (c.VII)
  • Denunci o poder corruptor do ouro (c.VIII)
  • Propõe um modelo humano ideal de"Heróis esclarecidos" que terão ganho direito a serem recebidos na "Ilha de Vénus" (c.IX)
  • O poema evidencia a grandeza do passado de Portugal: "um pequeno povo que cumpriu ao longo da sua História a missão de aumentar a Cristandade, que abriu novos rumos ao conhecimento, que mostrou a capacidade do Homem de concretizar o sonho".*1
  • Ao cantar os feitos heróicos do passado, Camões quer mostrar aos homens do seu tempo a falta de grandeza do "Portugal presente" *2 e incentivar o Rei a "conduzir os portugueses para um futuro glorioso, para uma nova era de orgulho nacional (c.X) *3

*1 - Manual de Português 12º no
*2 - idem
*3 - Ibidem
posted by Maria João Almeida @ 11:29 da manhã   1 comments
quinta-feira, setembro 28, 2006
As quatro partes constitutivas
Proposição

O poeta anuncia o que vai cantar. Propõe cantar os feitos dos portugueses durante a sua viagem de descoberta do caminho marítimo para a Índia. "Cantando espalharei por toda a parte/Se a tanto me ajudar o engenho e a arte"

Invocação

O poeta Camões pede (invoca) inspiração às Tágides (ninfas do Tejo) para compôr a sua obra. Ao longo da obra, podemos ver que Camões faz, igualmente referência a outras divindades - Calíope (canto III), Ninfas do Tejo e do Mondego (canto VII) e de novo a Calíope (canto X).

Dedicatória

Camões dedica e oferece a sua obra, os Lusíadas, ao Rei D. Sebastião.

Narração

A narração inicia-se na estrofe 9 do canto I e termina na estrofe 144 (canto X).
  • Quando começa a narração, já a acção fulcralse encontra numa fase adiantada. Os navegadores estão no Oceano Índico, perto da costa de Moçambique.
  • A acção começa "in media res" - os acontecimentos da Viagem de Portugal serão narradas em analepse, por Vasco da Gama ao Rei de Melinde (c.V)
posted by Maria João Almeida @ 5:09 da tarde   0 comments
Os Lusíadas - Estrutura Externa
  • Dez cantos
  • Estrofes com oito versos
  • Cada verso tem dez sílabas métricas
  • Esquema rimático: ABABABCC (rima cruzada nos seis primeiros versos e emparelhada nos dois últimos)
http://oslusiadas.no.sapo.pt/cantos.html
http://oslusiadas.no.sapo.pt/est_externa.html
posted by Maria João Almeida @ 5:03 da tarde   0 comments
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