| quinta-feira, setembro 28, 2006 |
| As quatro partes constitutivas |
Proposição
O poeta anuncia o que vai cantar. Propõe cantar os feitos dos portugueses durante a sua viagem de descoberta do caminho marítimo para a Índia. "Cantando espalharei por toda a parte/Se a tanto me ajudar o engenho e a arte"
Invocação
O poeta Camões pede (invoca) inspiração às Tágides (ninfas do Tejo) para compôr a sua obra. Ao longo da obra, podemos ver que Camões faz, igualmente referência a outras divindades - Calíope (canto III), Ninfas do Tejo e do Mondego (canto VII) e de novo a Calíope (canto X).
Dedicatória
Camões dedica e oferece a sua obra, os Lusíadas, ao Rei D. Sebastião.
Narração
A narração inicia-se na estrofe 9 do canto I e termina na estrofe 144 (canto X).
- Quando começa a narração, já a acção fulcralse encontra numa fase adiantada. Os navegadores estão no Oceano Índico, perto da costa de Moçambique.
- A acção começa "in media res" - os acontecimentos da Viagem de Portugal serão narradas em analepse, por Vasco da Gama ao Rei de Melinde (c.V)
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posted by Maria João Almeida @ 5:09 da tarde  |
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| terça-feira, setembro 26, 2006 |
| A Epopeia |
A epopeia era o género literário por excelência utilizado pelos clássicos. Poema heróico, que narra os feitos de um individuo ou de um povo, que narra acontecimentos históricos, lendários ou mitológicos. Embora tenha fundamentos históricos, não apresenta os factos com inteira fidelidade. Veste-os de conceitos morais e actos exemplares que funcionam como modelos de comportamento
Os primeiros grandes modelos de epopeia ocidental foram
- Odisseia - Homero
- Ilíada - Homero
- Eneida - Vergílio
http://oslusiadas.no.sapo.pt/genero.html |
| posted by Maria João Almeida @ 5:44 da tarde |
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| Ideias principais do Renascimento |
Em termos gerais
- Homem renscentista como senhor do seu próprio destino
- Exaltação da razão
- Confiança nas paixões e no instinto
- Valor da vida terrena
- Necessidade de encontrar respostas científicas para fenómenos da natureza
- Interesse pelo estudo da História, Filosofia e Letras Clássicas
- Retorno ao estudo da Antiguidade Clássica greco-latina
- Adopção de elementos mitológicos e suas expressões
- Imitação da estética clássica
Na literatura
- Culto dos géneros épico, lírico e dramático
- Poeta Renascentista é detentor de mensagem para os outros homens
- Poeta dotado para revelar os "meandros íntimos do amor"*1
- Elogio dos Heróis
*1 Apontamentos Europa-América, Camões - Os Lusíadas
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| posted by Maria João Almeida @ 5:33 da tarde |
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| Renscimento em Portugal |
Os Descobrimentos portugueses trouxeram para o nosso país a mudança de mentalidades, pela descoberta de novas terras, novos povos e, consequentemente, novas formas de pensar. Apesar de ter chegado tardiamente a Portugal, já desde o século XV que os reis (desde D. Afonso V) esforçavam-se em contratar humanistas estrangeiros.
Porém, embora o Renascimento tenha conseguido ganhar terreno no nosso país, cedo entrou em decadência. Os nobres deixam de acreditar ser possível manter o Império do Oriente e viram-se para o Norte de África, em combate aos mouros. A par de tudo isto, a Inquisição e o seu domínio fazia como que um retrocesso à Idade das Trevas (Idade Média), e muitos humanistas portugueses não escaparam às suas garras.
Arquitectura
O estilo renascentista não chegou ao seu estado puro em Portugal. O gótico nunca deixou de estar presente, tendo estado na origem do estilo manuelino, patente no Mosteiro dos Jerónimos. O estilo manuelino é "uma espécie de modernização renscentista do gótico, sobressaindo a decoração de inspiração marítima e ultramarina". Só já no reinado de D.Joao III, foram constridos alguns edificios de cariz renascentista:
- Igreja de Nª Srª da Graça - Évora
- Misericórdia - Beja
- Sé - Miranda do Douro, Leiria e Portalegre
- Um dos claustros do Convento de Cristo - Tomar
Pintura
Influência renascentista é mais flamenga que italiana. Começou a sentir-se no nosso país com:
- Nuno Gonçalves (séc.XV)
- Oficinas de Lisboa, Coimbra e Viseu (séc XVI), com especial destaque para o pintor Grão Vasco.
Mecenato
D. João III foi um mecenas do século XVI. Apoiou as artes e renovou a universidade. Estudantes bolseiros, apoiados pelo monarca mecenas, foram enviados para universidades europeias. Alguns humanistas portugueses viajaram pela europa, trazendo as ideias humanistas para Portugal. Tudo isto contribuiu para a abertura de mentalidades.
A língua
É nesta época renascentista que surge a primeira gramática. Como sabemos, as influências eram da antiguidade clássica, sendo trazidos até nós autores clássicos como Vergílio ou Homero. A literatura traz à lingua portuguesa inumeros neologismos com influência do latim - latinismos -, enriquecendo-a.
A ciência
Os Descobrimentos contribuiram, igualmente para o desenvolvimento científico, ao nível:
- da matemática, com Pedro Nunes
- da astronomia
- da geografia
- da botânica com Garcia da Horta
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| posted by Maria João Almeida @ 3:50 da tarde |
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| quarta-feira, setembro 20, 2006 |
| O Humanismo - "O Homem é a medida de todas as coisas" |
O Homem do Renascimento tinham sede de conhecimento e de sabedoria. Os intelectuais renascentistas, igualmente conhecidos por Humanistas eram homens das letras e das artes, geralmente de origem burguesa.
O interesse pela natureza surge a par com o despertar do espírito crítico, a relevância da razão humana e a crença nas capacidades intelectuais do Homem, rejeitando as estruturas mentais impostas na época medieval.
"O Homem é a medida de todas as coisas" por tanto que o Homem é o agente da mudança, confia e desafia as suas capacidades, desafia o tempo através da criação de obras para a posteridade, acredita nas suas potencialidades e na sua realização terrena, transformando-se e concretizando-se em obra.
O humanista vira as costas aos espiritualismo e crença em verdades impostas pela religiosidade medieval, para abraçar o racionalismo, a experiência e o conhecimento científico. Os Descobrimentos portugueses desempenharam um papel primordial e pioneiro no aprofundamento da experimentação e do conhecimento da Terra. Não nos esqueçamos que durante este período, o mapa do mundo foi redesenhado, pela descoberta e revelação de novas paragens, de fauna e flora desconhecidas até então.  A Igreja Católica, que domina a maior parte da dos países europeus, sofre um abalo com a Reforma, movimento de contestação iniciado pelo humanista Lutero que divide a Europa entre Católicos e Protestantes.
(ler Renascimento) |
| posted by Maria João Almeida @ 1:39 da manhã |
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| Nomes importantes do Renascimento |
Leia mais sobre
- Leonardo da Vinci
- Miguel Ângelo
- Piero della Francesca
- Botticelli
- Rafael
- Erasmo de Roterdão
- Thomas More
- Maquiavel
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| posted by Maria João Almeida @ 1:25 da manhã |
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| terça-feira, setembro 19, 2006 |
| O Renascimento |
 Piero della Francesca - A cidade ideal
Foi, não apenas um movimento de renovação cultural, mas também um período da história da Europa, que marca o final da Idade Média e o início da Idade Moderna.
Desenvolveu-se entre os séculos XV e XVI, na Europa, tendo tido o seu início em Itália, em cidades como Génova, Veneza e, essencialmente, Florença. Foi uma época de grandes transformações a nível social, político, económico e religioso.
O que "renasce" nesta época histórica?
A expressão Renascimento está ligada ao facto de os pensadores da época voltarem a sua atenção para as grandes obras da Antiguidade Clássica (arquitectura, pintura, escultura, literatura). É uma época de uma profunda transformação intelectual, uma vez que se dá a passagem de uma visão teocêntrica (TEO=DEUS) do mundo, na qual Deus se encontrava no centro da reflexão humana, para uma visão e mentalidade antropocêntrica (ANTROPOS =HOMEM), passando o Homem a ocupar esse lugar de núcleo. A visão antropocêntrica reconhecia e acreditava no valor e no potêncial do ser humano, contrapondo a visão medieval. Qualidades valorizadas na Idade Média: - religiosidade
- heroísmo
- honra cavaleiresca
Qualidades valorizadas no Renascimento: - saber
- mérito
- inteligência
- realização de obras para a posteridade
- utilização da razão
- a experiência
Durante a Idade Média, acreditava-se que Deus era a explicação para as dúvidas do mundo, mas com o Renascimento, surge a crença nas capacidades da razão humana para a resolução dos enigmas do universo, através da compreensão e do domínio do homem e da natureza, através das artes e das ciências. Acreditava-se que o homem poderia dominar e aperfeiçoar as várias áreas do saber, comprovando as suas descobertas através da observação e da experiência, podendo explicá-las de forma racional e inteligível (mentalidade racionalista - valorização da razão humana e do espírito crítico). Foi nesta época que alguns erros foram desfeitos. Através das viagens de descoberta, foi possível, emendar algumas falhas em relação a paragens, povos e até à natureza de terras até então desconhecidas. Para além de todos estes aspectos, houve um outro, fundamental para a difusão do conhecimento: a invenção da imprensa, por Gutenberg. Até então, as obras não estavam ao alcance de qualquer um e eram, essencialmente de cariz religioso, Com a invenção da imprensa, a leitura de obras dos mais variados temas ficou ao alcance de um número superior de pessoas, uma vez que aquelas eram reproduzidas em maior número, mais rapidamente e a custos mais baixos, abrangendo várias áreas do conhecimento e não apenas a religião.
As artes
Literatura 
seguem-se os moldes da literatura clássica ("Odisseia", "Eneida", "Ilíada");os textos passam a ser escritos, não apenas em latim, mas na língua materna dos autores/pensadores;um maior número de pessoas tem acesso ao conhecimento e a novas ideias.
Arquitectura  abandono da verticalidade dos monumentos góticos medievais;revisita-se a Antiguidade, adoptando-se elementos utilizados na aquitectura grega e romana: monumentos horizontais;importância do rigor, da geometria, da simetria, da proporção e do equilibrio dos edifícios.
 Escultura
Pintura - uso da perspectiva, que permite uma simulação de profundidade;
 - representação rigorosa da anatomia humana;
- início da utilização da pintura a óleo, que confere maior luminosidade aos quadros;
- temática do retrato, fruto do individualismo renascentista.
Monalisa - Leonardo DaVinci
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| posted by Maria João Almeida @ 3:43 da tarde |
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